Publicada em 19/08/2021
Ainda assim, duas regiões sofrem com a falta de chuva no RS
Representantes do setor produtivo, financeiro, industrial, das cooperativas, da área de pesquisa e dos governos estadual e federal estiveram presentes em reunião virtual esta tarde (17/08) da Câmara Setorial do Trigo, organizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). Os dados preliminares de produção, colheita e área do trigo foram apresentados pelas diferentes entidades.
A
Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL)
acredita que a área plantada com trigo deve chegar a 1.150 mil
hectares com uma colheita de 3 milhões e meio de toneladas. Segundo
Hamilton Jardim, que também é presidente da Câmara Nacional das
Culturas de Inverno do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), “ainda é cedo para os números definitivos.
Mas o cenário positivo e a expectativa dos produtores é grande,
levando a estes números”.
Já a EMATER tem a estimativa de uma área plantada de 1.100 mil hectares, com uma produtividade que pode ficar acima de 3.000 kg/ha. “As intempéries, principalmente a geada, causaram estragos pontuais em algumas lavouras. E nós temos relatos de baixo desenvolvimento na região das Missões por causa da estiagem. Mas como existem diferenças entre as regiões, até o momento a nossa expectativa é de que a safra seja favorável”, avalia Elder Dal Prá, da gerência técnica da EMATER/RS.
O representante da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Carlos Bestetti, acredita que a área deve ficar em torno de 1.145 mil ha, com uma produtividade de 3.302 kg/ha e uma produção total de 3.781 mil toneladas. Mas, segundo ele, existe uma preocupação com o fator climático nas regiões Noroeste e Missões. “A planta está sentindo muito a falta de umidade nestas regiões, já tem trigo morrendo e as previsões climáticas não são animadoras, não tem chuva prevista. E o trigo precisa de umidade no período de florescimento”, diz Bestetti.
O assessor de agronegócio do Banco do Brasil, Edgar Erhart, relata que os meses de junho e julho foram bons para a cultura do trigo. Mas que agosto chegou com chuvas dispersas e que no Noroeste gaúcho já existem bolsões de seca, com níveis de umidade muito baixos. “As plantas não estão conseguindo desenvolver o seu potencial. Estamos em situação de alerta”, afirma Edgar.
Fonte: Agrolink