Publicada em 28/09/2023
Após análise na CCJ do Senado mais cedo, o Projeto de Lei 2903/2023, que trata do Marco Temporal, foi apreciado pelos senadores no Plenário da Casa e aprovado por 43 votos contra 21, na noite desta quarta-feira (27). A matéria, que teve todas as emendas rejeitadas, segue para sanção presidencial.
O relator do
PL, senador Marcos Rogério (PL-RO), destacou que há um sentimento de
insegurança e desconforto no meio rural. Para ele, a aprovação traz conforto
para a população.
“Nós estamos
apertados no tempo e vivendo uma situação complicada imposta pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). Isso gerou violência nas áreas de contencioso, para
produtores e indígenas, inclusive. Conseguimos, através do Parlamento,
reafirmar o papel desta Casa e trazer paz ao meio rural”.
Para o
presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro
Lupion (PP-PR), a aprovação é uma vitória do povo. Segundo ele, caso a
presidência promova o veto, o Congresso vai derrubar.
“Esta é uma
vitória importante do Congresso Nacional, com representação popular. Estamos
resolvendo um conflito que divide a população do campo e fragiliza o direito de
propriedade. Se vetar, vamos derrubar”.
Para o
senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), vice-presidente da FPA, os 16 anos de
debate no Congresso foram mais que suficientes para estudar e aprovar o Marco
Temporal. Na visão do parlamentar, a demora causou diversos problemas ao país
e, que agora, poderão ser resolvidos.
“O problema
de Santa Catarina, por exemplo, que foi alvo do julgamento do STF, poderia
acontecer em todo o Brasil, mas felizmente tomamos a decisão a favor do
Brasil”.
A senadora
Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, lembrou que existe muita
desinformação acerca do tema, o que atrapalhou sobremaneira o andamento das
aprovações. “O projeto auxilia na pacificação do campo. Passamos por todos os
ritos necessários e chegamos à aprovação mostrando que o Congresso deve
legislar sobre os temas e o futuro do Brasil”, destacou.
O presidente
do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) destacou que o dever do Congresso
Nacional é legislar. Segundo ele, a definição das leis e normas devem passar,
obrigatoriamente, pelo crivo dos parlamentares.
”Esse é o
nosso dever. O sistema de processo legislativo deve ser seguido e ele passa
pela nossa atribuição, enquanto Congresso Nacional, de legislar e definir as
leis do país”, finalizou.
O caminho
da aprovação
Desde 2007
em análise no Congresso Nacional, o Marco Temporal foi aprovado na Câmara dos
Deputados em 30 de maio deste ano, com 283 votos favoráveis e 155 contra, e
remetido para apreciação no Senado Federal.
Na Casa
Grande, passou pela Comissão de Agricultura, antes de ser deliberado pela
Comissão de Constituição e Justiça, nesta quarta-feira.
Na CCJ, o
Marco Temporal teve aprovação de 16 senadores, contra 10 que votaram
contrariamente à proposta. Vencida essa etapa, os parlamentares membros da FPA
articularam a votação do Requerimento de Urgência para que o projeto pudesse
ser votado, de forma imediata, no Plenário do Senado Federal.
A urgência
foi aprovada com 41 votos favoráveis, frente os 20 posicionamentos contrários
ao requerimento. Plenário aberto para votação, foram computados 43 votos a
favor do Marco Temporal e apenas 21 em discordância à garantia do direito de
propriedade.
Agora, o
Marco Temporal aguarda sanção presidencial.
Fonte:
Notícias Agrícolas
© 2020 Faccini Defensivos Fertilizantes Cereais e Óleo Diesel TRR