Publicada em 12/06/2024
A semana começou ainda como terminou para o
mercado brasileiro de grãos: com muita incerteza. A Medida Provisória nº
1.227/24 continua valendo e a articulação agora é para devolvê-la ao Congresso
Nacional, segundo informou a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária). Uma das
líderes desta articulação, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirma que a MP
chega como um "retrocesso para o país", podendo gerar ainda mais
desdobramentos negativos para muitos setores além do agro, como o de
combustíveis, por exemplo, que já sinalizou altas nos preços neste começo de
semana.
"A MP mexe no sistema tributário, indo na contramão da reforma, e
altera a forma como os créditos do PIS/Cofins podem ser utilizados. É um
verdadeiro calote nas empresas, que perderão recursos disponíveis, reduzirão
planos de investimentos e, consequentemente, cortarão empregos", afirma a
parlamentar.
IMPACTOS PARA O MERCADO DA SOJA: CHICAGO E BRASIL
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o pregão desta
segunda-feira (10) com ganhos de 0,25 a 8,75 pontos, com altas mais intensas
nos contratos mais curtos. O julho voltou aos US$ 11,88 e o novembro a US$
11,58 por bushel. O mercado trabalhou com estabilidade durante toda a sessão,
com tímidas oscilações, dos dois lados da tabela. No entanto, na parte final
dos negócios, as cotações voltaram a subir, em partes motivados por ganhos de
mais de 2% no farelo de soja.
"A semana mais uma vez começa nervosa para o mercado. E são dois
fatores, essa questão de que as tradings brasileiras estão fora do mercado, não
tem ofertas novas de soja brasileira, com isso o mercado fica mais comprador da
soja americana, e o petróleo. Mas, o principal continua sendo o Brasil fora dos
negócios. Essa semana começa com as tradings estão no mercado só para a soja
não tributada, quase nada de negócios, e os poucos que aparecem já estão
abaixando os preços, porque a Medida Provisória já está em vigor", explica
o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
Ele, mais uma vez, destacou que, na semana passada, o Brasil perdeu de
negociar, pelo menos, um milhão de toneladas, já que o volume
"normal" de negócios neste período do ano é de algo como 1,5 milhão a
2 milhões de toneladas, e na última semana o volume comercializado não chegou
as 500 mil toneladas. "Esse um milhão de toneladas que deixamos de
negociar são mais de US$ 500,00, o que dá US$ 2,5 bilhões que deixaram de
circular". Fonte: Noticias Agrícolas
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